quarta-feira, 8 de julho de 2015

Uma lei que foi cravada na cruz


         Na lição anterior estudamos sobre o que devemos fazer para sermos salvos. Foi estudado de uma forma sucinta o plano da salvação   e o que devemos fazer para estar incluído nesse plano.
É interessante saber que o plano da salvação é o mesmo em todas as épocas. Deus não teve planos de salvação diferentes em épocas distintas, como muitos chegam a pensar. Deus apenas usou maneiras diferentes de representar esse plano, mas isso não muda a maneira que Deus tem de salvar o homem.
Existem pessoas e até mesmo denominações que acreditam que na época do velho testamento o homem era salvo pela lei e que na época do novo testamento ou seja, agora, somos salvos pela graça mediante a fé. Se enganam os que pensam assim. Deus só tem uma forma de salvar o homem, que é pela fé em seu filho Jesus Cristo.
Tanto na dispensação do antigo testamento quanto na do novo, todos os seus filhos são salvos pela graça mediante a fé. Todavia o que aconteceu na dispensação do velho testamento foi apenas uma apresentação do plano da salvação através de símbolos. Esses símbolos foram apresentados através de cerimônias que são chamados de leis cerimônias. E será a respeito dessas leis que iremos falar neste estudo.
Define-se lei como sendo um conjunto de princípios estabelecidos para um determinado povo. Quando Deus guiou seu povo do Egito até a terra prometida, estabeleceu leis para o bem estar de todo o Israel.
         O povo de Deus passou 400 anos no Egito obedecendo às leis egípcias e agora eles não estavam preparados para viverem independentes das leis que durante muito tempo tinham obedecido.
Por isso, Deus estabeleceu várias leis para seu povo e uma delas foi à lei estatutos e juízos que equivaleria ao nosso código civil. As leis de Saúde que incluíam as leis da lepra, a lei de higiene, dos animais limpos e imundos etc.. A lei das propriedades, a lei da guerra, e as leis cerimoniais que incluíam os regulamentos do santuário, ofertas, festas, sacrifícios etc.. Também existia a lei dos sacerdotes. Essa lei regia o ministério e deveria reger até hoje. Existia a lei moral que era chamada de decálogo, que se encontra em Êxodo 20:3 -17.
Os cinco livros de Moisés que chamamos de Pentateuco, eram chamados de Tora, que quer dizer: Lei. Muitas vezes o Pentateuco é chamado também de lei de Moisés e até mesmo Moisés.
            Mas hoje queremos nos deter apenas nas leis cerimoniais, ou seja, nas leis que regiam o santuário e seus rituais.
Essa lei era o próprio evangelho pregado por Jesus e os seus discípulos, que conhecemos atualmente. Era apenas o evangelho apresentado através de símbolos, que prefiguravam o salvador que viria morrer pela humanidade.
Essa lei permaneceu até a morte de Cristo, pois depois que Jesus o verdadeiro cordeiro pascal morreu, tudo se cumpriu e não se precisava representar mais nada através de tipos (símbolos) pois o antítipo (o verdadeiro) já tinha sido morto e cumprido o que deveria ser cumprido.
            Mas voltando para a lei em si, deve-se primeiro atentar para o santuário, onde ela era praticada.
         É bom entender que antes de Deus tirar os filhos de Israel do Egito, não existia um santuário, um templo especificamente onde pudesse ser adorado. A adoração era feita ao ar livre onde os adoradores edificavam altares e ofereciam ofertas que prefiguravam o salvador que viria salvar a humanidade.
            Só depois que Deus tirou seus filhos do Egito, ordenou que construíssem um santuário para que habitassem no meio deles. “E me farão um santuário para que habite no meio de vós.” (Êxodo 25:8) Na verdade esse santuário não foi construído apenas como um enfeite. Ele tinha significados muito importantes que prefiguravam o que Cristo iria fazer pela humanidade. “Ora, a suma do que temos dito é, que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus, à destra do trono da majestade, Ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou e não o homem.” (Hebreus 8:1, 2) E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu santuário; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva.”(Apocalipse 11:19). Diante destes textos, pode entender que o santuário terrestre era apenas uma cópia do verdadeiro, que está no céu. Ele prefigurava o santuário verdadeiro, que está no céu.
O santuário terrestre possuía três compartimentos: pátio, santo e santo dos santos. Esse último compartimento era muitas vezes chamado de lugar santíssimo. Eram ministrados os seguintes serviços: sacrifício pelo pecado, sacrifício contínuo, queima de incenso e purificação do lugar santíssimo no dia da expiação. (Êxodo 26:33, Hebreus 9:7,8) “Pendurarás o véu debaixo dos colchetes, e meterás a arca do testemunho ali, dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo”.Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo, dando, nisto, a entender, o Espírito Santo, que ainda o caminho do santuário não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo,”. Esses serviços prefiguravam o ministério de Cristo em prol do pecador. O apóstolo Paulo afirmou que esses serviços eram: “...sombras das coisas futuras, mas o corpo era de Cristo” (Colossenses 2:17). Se eram sombras, elas apenas representavam um ministério superior que haveria de ser realizado pelo filho de Deus. Isso nos faz entender que essas leis prefiguravam o que Cristo um dia iria fazer pela humanidade (Gêneses 3:15). E o cumprimento dessas leis, mostrava que o pecador cria no sacrifício que seria feito por Jesus. Nesse caso, a lei não podia ficar desvinculada de sua prática.
         Todavia não deve-se confundir essas leis que tratam do ministério no santuário, com a lei moral, ou seja, com o decálogo. Existiam duas diferenças básicas entre essas leis. As leis cerimoniais baseavam-se em ordenanças, enquanto que a lei moral baseava-se em proibições. Mas o que aconteceu com essas leis em forma de ordenanças? O apóstolo Paulo diz que essa lei fora cravada na cruz, ou seja, ela foi cumprida em sua totalidade com a morte de Cristo. “Porque ele é a nossa paz,” diz Paulo “o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, Na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças...” (Efésios 2:14,15).
            Essas leis começaram a ser cumpridas a partir do primeiro sacrifício efetuado pelo homem lá no jardim do éden. E essa lei continuou a ser cumprida com utilidade pelo povo de Deus até a morte de Cristo, onde o verdadeiro cordeiro pascoal foi imolado. (São Mateus 27:51).
         Depois do sacrifício de Jesus, algumas pessoas continuaram a cumprir essa lei cerimonial, mas sem utilidade, pois já havia se cumprido o que a lei prefigurava.
É bom entender que, o próprio Jesus guardou essa lei, pois se ele não tivesse guardado, ela não teria tido valor algum. São de Jesus as seguintes palavras: ”Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab’rogar, mas cumprir.” (São Mateus 5:17).
Depois da morte de Cristo não há mais necessidade de se guardar essa lei, pois tudo o que ela prefigurava, já se cumpriu. Resta-nos apenas crer em tudo o que ela prefigurava, aceitando a Jesus como nosso salvador, pois somente através dele podemos ser salvos.
            Hoje Deus nos faz um maravilhoso convite:Cheguemo-nos, pois, com confiança, ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hebreus 4:16). Quer você usufruir do plano da salvação estabelecido por Deus?




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