Na
lição anterior estudamos sobre o que devemos fazer para sermos salvos. Foi
estudado de uma forma sucinta o plano da salvação e o que devemos fazer para estar incluído nesse plano.
É interessante saber que
o plano da salvação é o mesmo em todas as épocas. Deus não teve planos de
salvação diferentes em épocas distintas, como muitos chegam a pensar. Deus
apenas usou maneiras diferentes de representar esse plano, mas isso não muda a
maneira que Deus tem de salvar o homem.
Existem pessoas e até
mesmo denominações que acreditam que na época do velho testamento o homem era
salvo pela lei e que na época do novo testamento ou seja, agora, somos salvos
pela graça mediante a fé. Se enganam os que pensam assim. Deus só tem uma forma
de salvar o homem, que é pela fé em seu filho Jesus Cristo.
Tanto na dispensação do
antigo testamento quanto na do novo, todos os seus filhos são salvos pela graça
mediante a fé. Todavia o que aconteceu na dispensação do velho testamento foi
apenas uma apresentação do plano da salvação através de símbolos. Esses
símbolos foram apresentados através de cerimônias que são chamados de leis
cerimônias. E será a respeito dessas leis que iremos falar neste estudo.
Define-se lei como sendo
um conjunto de princípios estabelecidos para um determinado povo. Quando Deus
guiou seu povo do Egito até a terra prometida, estabeleceu leis para o bem
estar de todo o Israel.
O
povo de Deus passou 400 anos no Egito obedecendo às leis egípcias e agora eles
não estavam preparados para viverem independentes das leis que durante muito
tempo tinham obedecido.
Por isso, Deus
estabeleceu várias leis para seu povo e uma delas foi à lei estatutos e juízos que equivaleria ao
nosso código civil. As leis de Saúde
que incluíam as leis da lepra, a lei de higiene, dos animais limpos e imundos
etc.. A lei das propriedades, a lei da guerra, e as leis cerimoniais
que incluíam os regulamentos do santuário, ofertas, festas, sacrifícios etc..
Também existia a lei dos sacerdotes. Essa lei regia o ministério e deveria
reger até hoje. Existia a lei moral que era chamada de decálogo, que se
encontra em Êxodo 20:3 -17.
Os cinco livros de Moisés
que chamamos de Pentateuco, eram chamados de Tora, que quer dizer: Lei. Muitas
vezes o Pentateuco é chamado também de lei de Moisés e até mesmo Moisés.
Mas hoje queremos nos deter apenas nas leis cerimoniais, ou
seja, nas leis que regiam o santuário e seus rituais.
Essa lei era o próprio
evangelho pregado por Jesus e os seus discípulos, que conhecemos atualmente.
Era apenas o evangelho apresentado através de símbolos, que prefiguravam o
salvador que viria morrer pela humanidade.
Essa lei permaneceu até a
morte de Cristo, pois depois que Jesus o verdadeiro cordeiro pascal morreu,
tudo se cumpriu e não se precisava representar mais nada através de tipos
(símbolos) pois o antítipo (o verdadeiro) já tinha sido morto e cumprido o que
deveria ser cumprido.
Mas voltando para a lei em si, deve-se primeiro atentar para
o santuário, onde ela era praticada.
É
bom entender que antes de Deus tirar os filhos de Israel do Egito, não existia
um santuário, um templo especificamente onde pudesse ser adorado. A adoração
era feita ao ar livre onde os adoradores edificavam altares e ofereciam ofertas
que prefiguravam o salvador que viria salvar a humanidade.
Só depois que Deus tirou seus filhos do Egito, ordenou que
construíssem um santuário para que habitassem no meio deles. “E me farão um
santuário para que habite no meio de vós.” (Êxodo 25:8) Na verdade esse
santuário não foi construído apenas como um enfeite. Ele tinha significados
muito importantes que prefiguravam o que Cristo iria fazer pela humanidade. “Ora, a suma do que temos dito é,
que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus, à destra do trono
da majestade, Ministro do santuário e do verdadeiro
tabernáculo, o qual o Senhor fundou e não o homem.” (Hebreus 8:1, 2) “E
abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu santuário;
e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva.”(Apocalipse 11:19). Diante destes
textos, pode entender que o santuário terrestre era apenas uma cópia do
verdadeiro, que está no céu. Ele prefigurava o santuário verdadeiro, que está
no céu.
O santuário terrestre possuía três compartimentos:
pátio, santo e santo dos santos. Esse último compartimento era muitas vezes
chamado de lugar santíssimo. Eram ministrados os seguintes serviços: sacrifício
pelo pecado, sacrifício contínuo, queima de incenso e purificação do lugar
santíssimo no dia da expiação. (Êxodo 26:33, Hebreus 9:7,8) “Pendurarás o véu debaixo dos colchetes, e meterás a
arca do testemunho ali, dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o
santuário e o lugar santíssimo”. “Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue,
que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo, dando, nisto,
a entender, o Espírito Santo, que ainda o caminho do santuário não estava
descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo,”. Esses serviços prefiguravam o
ministério de Cristo em prol do pecador. O apóstolo Paulo afirmou que esses
serviços eram: “...sombras das coisas futuras, mas o corpo era de Cristo” (Colossenses 2:17). Se eram sombras, elas apenas representavam um
ministério superior que haveria de ser realizado pelo filho de Deus. Isso nos faz entender que essas leis
prefiguravam o que Cristo um dia iria fazer pela humanidade (Gêneses 3:15). E o
cumprimento dessas leis, mostrava que o pecador cria no sacrifício que seria
feito por Jesus. Nesse caso, a lei não podia ficar desvinculada de sua prática.
Todavia
não deve-se confundir essas leis que tratam do ministério no santuário, com a
lei moral, ou seja, com o decálogo. Existiam duas diferenças básicas entre
essas leis. As leis cerimoniais baseavam-se em ordenanças, enquanto que a lei
moral baseava-se em proibições. Mas o que aconteceu com essas leis em forma de ordenanças? O
apóstolo Paulo diz que essa lei fora cravada na cruz, ou seja, ela foi cumprida
em sua totalidade com a morte de Cristo. “Porque ele é a nossa paz,” diz Paulo “o qual de
ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, Na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos,
que consistia em ordenanças...” (Efésios 2:14,15).
Essas leis começaram a ser cumpridas a partir do primeiro
sacrifício efetuado pelo homem lá no jardim do éden. E essa lei continuou a ser
cumprida com utilidade pelo povo de Deus até a morte de Cristo, onde o
verdadeiro cordeiro pascoal foi imolado. (São Mateus 27:51).
Depois
do sacrifício de Jesus, algumas pessoas continuaram a cumprir essa lei
cerimonial, mas sem utilidade, pois já havia se cumprido o que a lei prefigurava.
É bom entender que, o
próprio Jesus guardou essa lei, pois se ele não tivesse guardado, ela não teria
tido valor algum. São de Jesus as seguintes palavras: ”Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas:
não vim ab’rogar, mas cumprir.” (São Mateus 5:17).
Depois da morte de Cristo
não há mais necessidade de se guardar essa lei, pois tudo o que ela
prefigurava, já se cumpriu. Resta-nos apenas crer em tudo o que ela
prefigurava, aceitando a Jesus como nosso salvador, pois somente através dele
podemos ser salvos.
Hoje Deus nos faz um maravilhoso convite: “Cheguemo-nos, pois, com
confiança, ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar
graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hebreus 4:16). Quer você usufruir do
plano da salvação estabelecido por Deus?
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