Antes
da entrada do pecado não existia nenhuma barreira de comunicação entre Deus e o
homem. Deus falava com os nossos pais da forma direta ou seja face a face. “E ouviram a voz do Senhor Deus,
que passeava no jardim pela viração do dia ..” (Gêneses 3:8).:
Depois do pecado o criador ainda
falava com o homem, porém já havia algumas restrições e não era mais face a
face, pois o pecado criara uma barreira entre Deus e o homem. Certa
vez Moisés pediu para ver a sua glória ou seja, a sua presença e o eterno
disse: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face
e viverá.” (Êxodo
33:20).
Logo depois do pecado alguns
homens ainda podiam ouvir a voz de Deus, mas não com muita freqüência. Como
foram os casos de Noé, Abraão etc.. . Porém depois de algum tempo o pecado corrompeu tanto a
humanidade que ficou muito difícil Deus se comunicar diretamente com ela. Para
isso Deus precisou usar alguns instrumentos para se comunicar com seus filhos.
Esses instrumentos eram chamados de profetas ou videntes. (I Samuel 9:8, 9).
Hoje nós não precisamos
mais de um profeta para falar com Deus, pois podemos fazer isso nos dirigindo diretamente
a Ele através de Jesus, o nosso intercessor. “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes e de
muitas maneiras aos pais, pelos profetas, a nós, falou-nos, nestes últimos
dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem
fez, também, o mundo, O qual, sendo o resplendor da sua glória,
e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra
do seu poder, havendo feito, por si mesmo, a purificação dos nossos pecados,
assentou-se à destra da majestade nas alturas;” (Hebreus 1:2, 3).
A esse método de se dirigir a Deus através de
seu filho chamamos de oração. “A oração é o abrir do coração a Deus como a um
amigo. Não que seja necessário, a fim de tornar conhecido a Deus o que somos;
mas sim para nos habilitar a recebê-Lo. A oração não faz Deus baixar a nós, mas
eleva-nos a Ele” (Caminho a Cristo pág. 60).
Com respeito à oração, Jesus foi o nosso maior exemplo, Ele mesmo,
enquanto andava entre os homens, muitas vezes Se entregava à oração. Nosso
Salvador identificou-Se com nossas necessidades e fraquezas, tornando-Se um
suplicante, um solicitador junto de Seu Pai, para buscar dEle novos suprimentos
de força, a fim de que pudesse sair revigorado para os deveres e provações. Ele
é nosso exemplo em todas as coisas. “E, levantando-se de manhã, muito
cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.” (São Marcos 1:35). “Sabendo,
pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a
retirar-se, ele só, para o monte.” (São João 6:15).
Jesus
aconselhou aos seus discípulos como também aconselha a nós a orarmos. Ele diz: “Vigiai e orai para que não entrei
em tentação: na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41).
As orações "venceram
reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos
leões, apagaram a força do fogo" - saberemos o que isto significa, quando
ouvirmos o relato de mártires que morreram por sua fé - "puseram em fugida
os exércitos dos estranhos". (Hebreus. 11:33 e 34).
Certo dia um estudante da
Universidade de Oxford, na Inglaterra, foi ter com o presidente e lhe perguntou
qual a melhor garantia de uma vida de êxito no colégio e na carreira posterior.
O presidente disse: "Misture um pouco de oração com tudo o que você faça,
e tudo o que diga."
Deus
está pronto para ouvir a oração sincera do mais humilde de Seus filhos, e
contudo ainda existe oposição de nossa parte, para tornar conhecidas a Deus
nossas necessidades!
CONDIÇÕES PARA QUE AS ORAÇÕES SEJAM
ATENDIDAS
1° condição - Sentir necessidade de Seu auxílio. Deus
prometeu: “Derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca.” (Isa.
44:3). Aos que têm fome e sede de justiça, que anelam a Deus, podem ter certeza
de que suas aspirações serão satisfeitas.(São Mateus 5:6). “O coração tem de
estar aberto à influência do Espírito; ao contrário não pode ser obtida a
bênção de Deus” (Caminho a Cristo pág. 61). “Livrará ao necessitado quando
clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude.” (Salmos 72:12).
Nossas orações não devem
ser uma solicitação egoísta, meramente para nosso próprio benefício. Devemos
pedir para podermos dar. O princípio da vida de Cristo deve ser o princípio de
nossa vida (WHITE, 2010). Portanto, se queremos ter nossas preces atendidas,
devemos antes de tudo sentir necessidade da ajuda divina. Nenhuma pessoa que de
coração foi até Jesus voltou de mãos vazias. Se quisermos ser atendidos pelo
salvador, devemos ir até Ele de todo coração e teremos nossas necessidades
satisfeitas.
2° condição – As orações devem ser feitas em nome de
Jesus. São de Jesus as seguintes palavras: “E, tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei,
para que o Pai seja glorificado no Filho.” (São João 14:13). Precisamos não só pedir em nome de Cristo,
mas também pela inspiração do Espírito Santo. Isto explica o que significa o
dito de que: "O mesmo Espírito intercede por nós com gemidos
inexprimíveis." (Rom. 8:26). Tais orações Deus Se deleita em atender.
Quando proferirmos uma oração com fervor e intensidade no nome de Cristo, há
nessa mesma intensidade o penhor de Deus de que Ele está prestes a atender à
nossa súplica "muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou
pensamos". (Efésios. 3:20).
“Orar em nome de Jesus,
porém, é mais do que simplesmente mencionar-Lhe o nome no começo e fim da
oração. É orar segundo o sentimento e o espírito de Jesus, ao mesmo tempo que
Lhe cremos nas promessas, descansamos em Sua graça, e fazemos Suas obras.”
(Caminho a Cristo pág. 65).
3° condição – Pedir com
fé. Disse Jesus: “E, tudo o que pedirdes em oração, disse Jesus, crendo, o
recebereis.” (São Mateus
21:22). “Devemos, porém, mostrar firme e inabalável confiança em Deus. Às vezes
Ele tarda a responder para provar-nos a fé ou experimentar a sinceridade de
nosso desejo. Quando surgirem perplexidades, e dificuldades vos confrontarem,
não espereis auxílio de homens. Confiai inteiramente em Deus. O costume de
contar as dificuldades a outros, só nos torna fracos e não lhes traz força”
(WHITE 2010).
“A certeza que Ele nos dá
é ampla, ilimitada; e fiel é Aquele que prometeu. Se não recebemos exatamente
as coisas que pedimos e ao tempo desejado, devemos não obstante crer que o
Senhor nos ouve, e que atenderá às nossas orações (Caminho a Cristo pág. 62).
“Quando nossas orações
ficam aparentemente indeferidas, devemos apegar-nos à promessa; pois virá por
certo a ocasião de serem atendidas, e receberemos a bênção de que mais
carecemos. Mas pretender que a oração seja sempre atendida exatamente do modo e
no sentido particular que desejamos, é presunção. Deus é muito sábio para
errar, e bom demais para reter qualquer benefício dos que andam sinceramente.
Não receeis, pois, confiar nEle, ainda que não vejais a resposta imediata às
vossas orações.”(Caminho a Cristo pág. 62).
4° condição – Pedir bem. Existem situações em que
nossas orações deixam de ser atendida porque pedimos mal? Com certeza que sim.
Diz o apóstolo Tiago: “Cobiçais,
e nada tendes; sois invejosos, e cobiçosos, e não podeis alcançar; combateis e
guerreais, e nada tendes, porque nada pedis; Pedis, e não recebeis, porque
pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”. (Tiago 4:2, 3).
Necessitamos verdadeiramente
daquilo que estamos pedindo? É alguma coisa necessária, ou apenas desejamos
aquilo? Queremos pedir somente para nossa própria satisfação, ou para nosso bem
individual?
Às vezes, quando pedimos
alguma coisa, o papai e a mamãe nos dão o que desejamos; outras vezes, não. O
mesmo acontece com nosso Pai celestial. Algumas vezes. Ele diz: "Sim, meu
filho." Outras vezes Ele diz: "Não tal coisa não é para seu
bem." Mas sempre responde. Pode ser que a resposta seja "Não"
quando queremos que seja "Sim".
Nosso Pai, que sabe muito
bem o que serve para nosso bem, dará sempre a melhor resposta. Ele nos ama
muito ternamente e deseja que sempre recebamos que for melhor. Talvez nem
sempre pensemos que uma coisa seja a melhor; mas, uma vez que somos Seus filhos
sempre devemos dizer: "Seja feita Tua vontade".
Certa vez uma mulher
pobre se mudou para o interior. Era idosa, sem nenhum parente e se achava
cansada. Um dia, ao prosseguir o navio em sua viagem, ela se sentiu bastante
doente. Orou, em sua cadeira, ao Pai do Céu para lhe dar uma laranja. Então,
adormeceu onde estava. Enquanto dormia, alguém lhe pôs duas laranjas no colo.
Ao acordar, quão feliz se sentiu! "Como meu Pai é bom para comigo",
exclamou ela, "pedi uma laranja, e Ele me deu duas! Isto é que é um Pai
bondoso!"
Pedir bem é pedir de
acordo com a vontade de Deus. “E esta é
a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua
vontade, ele nos ouve.” (I São João 5:14). Muitas vezes temos deixado de ser atendidos por Deus
porque queremos que Ele seja o nosso capacho, queremos que ele faça tudo o que
queremos.
Muitos anos atrás, na
Holanda, havia uma senhora pobre com seus filhos. Certo dia, nada havia para
comer nem ao menos um pedacinho de pão, que seria uma bênção para as crianças
famintas. Ela, então, juntou os filhos ao seu redor e, de joelhos, orou para
que Deus provesse alimento. Quando se ergueram da oração, o pequenino Mário
abriu a porta.
– Por que abriu a porta?
– interrogou a mãe.
– A Bíblia Sagrada conta
como Elias foi alimentado pelos corvos, mamãe, disse a criança. Abri a porta
para que eles nos venham alimentar.
Dentro de pouco tempo o
Prefeito da cidade passou pela rua. Viu a porta aberta e parou para perguntar
por que havia sido deixada assim.
– Venha cá – disse ele a
Mário, depois de ter ouvido a história –, você vai receber o que comer.
Levou-o até sua
residência e, depois, mandou-o de volta, com muitos alimentos para todos. Não
tiveram que ir dormir com fome.
O pequenino Mário e a mãe
sabiam que Deus havia ouvido sua oração e lhes tinha dado aquilo de que
necessitavam.
Todavia, alimentação e
roupa não são tudo que precisamos. Deus responde às orações, quando estamos em
perigo ou em dificuldade.
Caro leitor, Seu Pai e
meu Pai nos dará o que necessitamos quando for preciso mesmo, se for para nosso
bem.
5° condição – Persistência. Outra condição para Deus
atender nossas preces é pedir com persistência. Jesus contou uma parábola com
respeito à necessidade de persistirmos em nossas orações. “Havia, numa cidade, um certo juiz, que nem a Deus
temia, nem respeitava o homem. Havia, também, naquela mesma cidade, uma certa
viúva, e ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
E, por algum tempo, não quis,
mas, depois, disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para
que, enfim, não volte, e me importune muito. E disse o Senhor:
Ouvi o que diz o injusto juiz. E Deus não fará justiça aos seus
escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?
Digo-vos que depressa lhes fará justiça.” (Lucas 18:1-7) “Disse-lhes também: Qual de vós terá um amigo, e, se
for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, Pois
que um amigo meu chegou a minha casa, vindo de caminho, e não tenho que
apresentar-lhe; Se ele, respondendo de dentro, disser: Não me importunes; já
está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso
levantar-me para tos dar. Digo-vos que, ainda que se não levante a dar-lhos,
por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe
dará tudo o que precisar. E eu vos digo a vós: Pedi, e
dar-se-vos-á: buscai, e achareis: batei, e abrir-se-vos-á;” (Lucas 11:5-9).
“Na parábola, o suplicante foi
repelido várias vezes; porém não desistiu de sua intenção. Assim, nossas
orações nem sempre parecem serem atendidas imediatamente; mas Cristo ensina que
não devemos cessar de orar. A oração não se destina a efetuar qualquer mudança
em Deus, deve elevar-nos à harmonia com Ele. Ao Lhe fazermos alguma petição,
pode ver que nos é necessário examinar o coração e arrepender-nos do pecado.
Por isso nos faz passar por dificuldades, provações e humilhações, para que
vejamos o que impede em nós a operação do Espírito Santo.” (Parábolas de Jesus
pág. 143).
“Devemos, porém, mostrar firme e
inabalável confiança em Deus. Às vezes Ele tarda a responder para provar-nos a
fé ou experimentar a sinceridade de nosso desejo. Havendo nós pedido em
harmonia com Sua Palavra, devemos crer em Sua promessa, e insistir em nossas
petições com determinação inabalável.
Deus não nos diz: Pedi uma vez, e
dar-se-vos-á. Requer que peçamos. Persistir incansavelmente em oração. A
súplica persistente põe o peticionário em atitude mais fervorosa, e dá-lhe
maior desejo de receber o que pede. Junto ao túmulo de Lázaro, Cristo disse a
Marta: "Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?" (São
João 11:40).
“Muitos, porém, não possuem fé viva.
Esta é a razão de não provarem mais do poder de Deus. Sua fraqueza é conseqüência
da incredulidade. Têm mais fé em seu próprio recurso do que na operação de Deus
por eles. Procuram guardar-se a si mesmos. Planejam e arquitetam, mas oram
pouco e têm pouca confiança real em Deus. Pensam possuir fé, mas é somente o
impulso do momento. Por não reconhecerem sua própria necessidade ou a voluntariedade
de Deus em dar, não perseveram em apresentar perante o Senhor suas súplicas. Nossas
orações devem ser tão fervorosas e persistentes, quanto a petição do amigo
necessitado que solicitava os pães à meia-noite. Quanto mais sincera e
perseverantemente pedirmos, tanto mais íntima será nossa união espiritual com
Cristo. Receberemos maiores bênçãos, porque possuímos maior fé.” (Parábolas de
Jesus pág. 146).
6° condição – Ser fiel a Deus. Diz Salomão: “O que desvia o seu ouvido de ouvir a
lei, até a sua oração será abominável” (Provérbios 28:9). Todas as dádivas são
prometidas sob a condição de obediência. Deus tem um Céu cheio de bênçãos para
aqueles que com Ele cooperarem. Todos quantos Lhe são obedientes podem com
confiança pedir o cumprimento de Suas promessas. “Se, atendemos ainda à
iniqüidade em nosso coração, se nos apegarmos a algum pecado consciente, o
Senhor não nos ouvirá; mas a oração da alma penitente e contrita será sempre
aceita. Depois de termos reparado todas as faltas de que temos consciência,
poderemos crer que Deus atenderá às nossas petições. Nossos próprios méritos
jamais nos recomendarão ao favor de Deus; é o mérito de Cristo que nos salvará,
Seu sangue é que nos purificará; nós, porém, temos uma obra a fazer para
cumprir as condições da aceitação.” (Caminho a Cristo pág. 62).
São do apóstolo Paulo os
seguintes conselhos para a igreja de Deus no decorrer dos tempos: “Orai sem
cessar.” (I Tessalonicenses 5:17).
Caro leitor. Você está
disposto a orar para receber as bênçãos de Deus e vencer o pecado?
Referências
WHITE,
Hellen Good. O Grande Conflito. CPB,
Tatuí, SP.
WHITE,
Hellen Good. Caminho para Cristo. CPB, Tatuí, SP.
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