“Porque importa que todos nós
compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo
o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (II Coríntios 5:10).
Mesmo que um número considerável
de cristãos creia que por estar “salvo” em Cristo, não precisará passar por um
juízo, a Bíblia é bastante clara em enfatizar que todos nós sem exceção teremos
que passar por um juízo.
A verdade que não deve ser esquecida é que o substantivo juízo tem sido
muito mal compreendido pela maior parte das pessoas que dizem acreditar nele.
Na maioria das vezes se entende que Ele é um ato executado em um momento e
pronto. E que apenas os ímpios passarão por ele. Mas isso não é verdade.
Juízo na verdade é um processo que se desencadeia durante um determinado
tempo. Quando se refere ao ato de juízo praticado por um juiz terrestre deve-se
compreender que a sentença final é apenas a conclusão de um procedimento
(juízo) que começou com certos atos que poderiam ser o início de investigação,
prisão preventiva etc.. . A sentença final poderá ser a condenação ou
absolvição.
Com respeito ao juízo divino mencionado pelo apóstolo Paulo, é bom
entender que ele comparou o juízo divino com o que acontecia na terra,
principalmente o que era praticado em sua época. Que possui muitas semelhanças
com os da atualidade. Para se entender o juízo divino deve-se compreender como
se dava os juízos humanos na época do apostolo Paulo.
Eles aconteciam através de fases, que
também será estudado neste artigo.
Nos
dias de Paulo o julgamento de uma pessoa acontecia em três fases. Começava com
um processo de investigação, que já constituía a primeira fase. Foi por isso
que o apóstolo Pedro afirmou que o fim estava próximo, ou seja, o juízo estava
já acontecendo. E como em todo juízo, a condenação já é o fim. Mas se deveria ser vigilante para não ser
condenado. “Ora, o fim de todas as
coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas
orações” (I Pedro 4:7).
Espiritualmente todos nós também
precisaremos passar por um juízo investigativo, um julgamento que já começou em
determinado momento da história da humanidade. Veremos mais detalhado esse
assunto em uma das nossas lições adicionais. O que se precisa entender é que
todos nós sem distinção estamos sendo julgados, mas poderemos ser absolvidos.
Todos
os que fossem julgados no julgamento da época de Paulo e saíssem condenados
passaria por outra fase chamada de radicativa.
E comparando com o juízo divino todos os
condenados no juízo investigativo passarão por um juízo radicativo também. Em
outro momento da história da humanidade todos os que forem condenados na
primeira fase do julgamento divino inclusive os anjos caído, serão julgados
pelos que foram absolvidos no período de investigação. Como disse o apóstolo
Paulo: “Ou não sabeis que os santos hão
de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso,
indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os
próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!” (I Coríntios 6:2, 3).
É
importante saber que na segunda fase do juízo não haverá mais absolvição. Todos
os que ainda estiverem nessa fase automaticamente passarão para a fase final
onde receberão a condenação eterna chamada de juízo executivo. “Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos
quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por
causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos
quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a
marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e
sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a
fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar.
Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos
e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu” (Apocalipse. 20:4,7,9).
Todos os julgamentos que aconteceram
desde que se tem conhecimento eram baseados em leis vigentes na época. E o
julgamento de Deus não será diferente. Ele também usará uma lei vigente para
julgar. Dizem as escrituras: “Falai
de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade” (S. Tiago 2:12). Todos nós seremos julgados por Deus
baseado em uma lei chamada de: lei da liberdade.
Quais os critérios que serão usados por
Deus neste julgamento? “ .. porque,
pelas tuas palavras, serás justificado
e, pelas tuas palavras, serás condenado”
(Mateus 12:37). “Porque Deus
há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” “Porque
Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer
sejam boas, quer sejam más” (Eclesiastes 12:14). Na
verdade serão os nossos atos ou obras que serão usados como critérios no
processo de julgamento efetuado por Deus.
Quem será o juiz deste julgamento? Disse Jesus: “E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo
julgamento, ..” (S. João
5:22). Não há nenhuma dúvida que será o próprio Jesus.
De acordo com as
escrituras Jesus embasará o juízo divino em registros. Como está escrito: “Vi também os mortos, os grandes e os pequenos,
postos em pé diante do trono. Então, se abriram
livros. Ainda outro livro, o Livro
da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras,
conforme o que se achava escrito nos livros” (Apoc. 20:12).
Como em todos os juízos se faz necessário a presença
de testemunhas, Deus também fará uso delas. Os anjos que nos acompanharam por
todas as nossas vidas serão as testemunhas. “Não consintas que a tua boca te faça culpado, nem digas diante do mensageiro de Deus que foi
inadvertência; por que razão se iraria Deus por causa da tua palavra, a ponto
de destruir as obras das tuas mãos?” (Eclesiastes 5:6).
Todavia, todos os vivos que estiverem passando pelo
juízo investigativo podem fazer uso dos serviços de um grande advogado. Esse
advogado é Jesus. Disse o apóstolo Paulo: “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem
ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Romanos 8:34).
Disse também o apóstolo João: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para
que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;..” (I S. João 2). Com um advogado desse porte não há como sermos
condenados.
Nos julgamentos humanos enfrentamos o risco de sermos condenados
injustamente, pois existem juízes e advogados corruptos, mas saiba que no juízo
divino não temos com que nos preocupar, pois temos um reto juiz. “Já agora a
coroa da justiça me está guardada, a qual o
Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a
todos quantos amam a sua vinda” (II Timóteo 4:8). “Bem sabemos que o juízo de
Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas. Porque para
com Deus não há acepção de pessoas” (Romanos 2:2,11). Podemos ter certeza que no reino de Deus ninguém chegará pelo acaso,
pois o juízo de Deus é reto.
O que você deve fazer?
Vejamos o que diz a palavra de Deus a esse respeito. “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao
trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro
em ocasião oportuna” (Hebreus
4:16).
Portanto, caro leitor! Achegue-se
ao trono de graça enquanto pode, porque amanhã pode ser tarde demais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário