quarta-feira, 8 de julho de 2015

O juízo final


“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (II Coríntios 5:10).
 Mesmo que um número considerável de cristãos creia que por estar “salvo” em Cristo, não precisará passar por um juízo, a Bíblia é bastante clara em enfatizar que todos nós sem exceção teremos que passar por um juízo.
A verdade que não deve ser esquecida é que o substantivo juízo tem sido muito mal compreendido pela maior parte das pessoas que dizem acreditar nele. Na maioria das vezes se entende que Ele é um ato executado em um momento e pronto. E que apenas os ímpios passarão por ele. Mas isso não é verdade.
Juízo na verdade é um processo que se desencadeia durante um determinado tempo. Quando se refere ao ato de juízo praticado por um juiz terrestre deve-se compreender que a sentença final é apenas a conclusão de um procedimento (juízo) que começou com certos atos que poderiam ser o início de investigação, prisão preventiva etc.. . A sentença final poderá ser a condenação ou absolvição.
Com respeito ao juízo divino mencionado pelo apóstolo Paulo, é bom entender que ele comparou o juízo divino com o que acontecia na terra, principalmente o que era praticado em sua época. Que possui muitas semelhanças com os da atualidade. Para se entender o juízo divino deve-se compreender como se dava os juízos humanos na época do apostolo Paulo.
Eles aconteciam através de fases, que também será estudado neste artigo.
         Nos dias de Paulo o julgamento de uma pessoa acontecia em três fases. Começava com um processo de investigação, que já constituía a primeira fase. Foi por isso que o apóstolo Pedro afirmou que o fim estava próximo, ou seja, o juízo estava já acontecendo. E como em todo juízo, a condenação já é o fim. Mas se deveria ser vigilante para não ser condenado.  “Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações” (I Pedro 4:7).
Espiritualmente todos nós também precisaremos passar por um juízo investigativo, um julgamento que já começou em determinado momento da história da humanidade. Veremos mais detalhado esse assunto em uma das nossas lições adicionais. O que se precisa entender é que todos nós sem distinção estamos sendo julgados, mas poderemos ser absolvidos.
         Todos os que fossem julgados no julgamento da época de Paulo e saíssem condenados passaria por outra fase chamada de radicativa.
 E comparando com o juízo divino todos os condenados no juízo investigativo passarão por um juízo radicativo também. Em outro momento da história da humanidade todos os que forem condenados na primeira fase do julgamento divino inclusive os anjos caído, serão julgados pelos que foram absolvidos no período de investigação. Como disse o apóstolo Paulo: “Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!” (I Coríntios 6:2, 3).
         É importante saber que na segunda fase do juízo não haverá mais absolvição. Todos os que ainda estiverem nessa fase automaticamente passarão para a fase final onde receberão a condenação eterna chamada de juízo executivo. “Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu” (Apocalipse. 20:4,7,9).
         Todos os julgamentos que aconteceram desde que se tem conhecimento eram baseados em leis vigentes na época. E o julgamento de Deus não será diferente. Ele também usará uma lei vigente para julgar. Dizem as escrituras: “Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade” (S. Tiago 2:12). Todos nós seremos julgados por Deus baseado em uma lei chamada de: lei da liberdade.
         Quais os critérios que serão usados por Deus neste julgamento? “ .. porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado” (Mateus 12:37). “Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” “Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Eclesiastes 12:14). Na verdade serão os nossos atos ou obras que serão usados como critérios no processo de julgamento efetuado por Deus.
Quem será o juiz deste julgamento? Disse Jesus: “E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, ..” (S. João 5:22). Não há nenhuma dúvida que será o próprio Jesus.
De acordo com as escrituras Jesus embasará o juízo divino em registros.  Como está escrito: “Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros” (Apoc. 20:12).
Como em todos os juízos se faz necessário a presença de testemunhas, Deus também fará uso delas. Os anjos que nos acompanharam por todas as nossas vidas serão as testemunhas. “Não consintas que a tua boca te faça culpado, nem digas diante do mensageiro de Deus que foi inadvertência; por que razão se iraria Deus por causa da tua palavra, a ponto de destruir as obras das tuas mãos?” (Eclesiastes 5:6).
Todavia, todos os vivos que estiverem passando pelo juízo investigativo podem fazer uso dos serviços de um grande advogado. Esse advogado é Jesus. Disse o apóstolo Paulo: “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Romanos 8:34). Disse também o apóstolo João: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;..” (I S. João 2). Com um advogado desse porte não há como sermos condenados.
Nos julgamentos humanos enfrentamos o risco de sermos condenados injustamente, pois existem juízes e advogados corruptos, mas saiba que no juízo divino não temos com que nos preocupar, pois temos um reto juiz. “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (II Timóteo 4:8). “Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas. Porque para com Deus não há acepção de pessoas” (Romanos 2:2,11). Podemos ter certeza que no reino de Deus ninguém chegará pelo acaso, pois o juízo de Deus é reto.
O que você deve fazer? Vejamos o que diz a palavra de Deus a esse respeito. “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16).
Portanto, caro leitor! Achegue-se ao trono de graça enquanto pode, porque amanhã pode ser tarde demais.




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