quarta-feira, 8 de julho de 2015

O segredo da prosperidade


Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito.” (Provérbios 15:22).
“Em qualquer projeto relevante, é impossível ser diligente sem buscar parcerias inteligentes.” (Steven Scott – Salomão o homem mais rico que já existiu pág. 28).
É interessante entender que todos de uma maneira ou de outra, precisam de algum tipo de parceria, mesmo que tenha tudo o que o ser humano possa desejar. E para ser próspero verdadeiramente, há necessidade de ter não simplesmente parcerias, mas parcerias eficientes.
Existem pessoas que herdam verdadeiras fortunas, mas que em pouco tempo perdem tudo, pois pensam que podem tudo com o que possuem. Esquecem que de alguma forma precisam de outras pessoas.
Muitos fracassos tanto na vida profissional quanto em outros ramos acontecem, porque se omite os bons parceiros. O que você faria com um montão de dinheiro se não tivesse como usá-lo? Quem compra, vende, trabalha ou faz de alguma forma algum tipo de ação, pode ser um tipo de parceiro. Porém uma pessoa que acredita não precisar de ninguém, não tem como ser próspero. Mesmo sendo dono de fortunas, o destino dele será a derrota.
Não existem patrões sem empregados, escolas sem professores, comércios sem fregueses, famílias sem esposo ou esposa, lar sem filhos etc.., tudo nesta vida para ser coroado de prosperidade, precisa de boas parcerias. Todavia deve-se levar em conta o tipo de parceria e qual é o melhor tipo de parceiro que se pode ter. Ele deve ser comprometido, sábio, honesto, etc.. .
Existe uma grande questão em uma parceria que deve ser também observada. Muitas vezes temos um parceiro com todas as qualidades necessárias, mas nós não sabemos usufruir da parceria. Não teria como ser próspero em situações desse tipo. São necessárias boas qualidades nas duas partes da parceria para que exista sucesso.
Onde se pode encontrar um parceiro com todas as qualidades necessárias para ser próspero? Pode-se encontrar em qualquer lugar, onde você estiver, pois esse parceiro está onde você precisa. Esse parceiro é o próprio Deus.
Como seria essa parceria? Seria da seguinte maneira: você administra 90% do valor investido e Deus apenas 10%. Todavia, começará bem quando você se conscientizar de que tudo pertence ao Criador, que você é apenas um administrador. Que Ele é o sócio (parceiro) majoritário, mas que deixa a maior parte para ser administrada por você.
A sociedade não acontece em função do valor que você designa, mas em função do valor que Deus investe. Na verdade Ele investe 100%, mas administra apenas a menor parte. O segredo da prosperidade está em confiar no parceiro divino e cuidar bem da parte que cabe a você.
É importante saber que nem sempre ser administrador é ser dono. Deus é administrador e dono, mas não sucede assim com os homens. O ser humano deve ser apenas administrador.
         Cabe ao homem administrar as coisas criadas por Deus, pois a Ele “.. pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.” (Salmos 24:1).
         Tudo o que há na terra pertence a Deus, mas existem quatro coisas básicas que Ele põe em nossas mãos para que administremos 90%. Elas são: tempo, talento, corpo e o tesouro. Deve-se entender que todos esses elementos citados anteriormente, pertencem a Deus e devem ser cuidados para a honra e glória Dele.
Vejamos um exemplo dessa natureza. No jardim do Éden Deus permitiu que nossos primeiros pais comessem de todos os frutos, mas proibiu de comerem de um, não que houvesse algum veneno ou algum mal naquele fruto, mas para ensinar ao casal o caminho da fidelidade. (Apocalipse 2:10). Com respeito àquilo que Deus “nos dá”, ocorre o mesmo princípio. Ele não precisa de nada daquilo que dizemos que é nosso, mas pede um porcentual dos bens, talentos, corpo e o tempo, para ensinar-nos a ser fieis, ou seja, dependentes Dele.
         Quando se fala em fidelidade, somos tentados a pensar apenas nos bens, ou seja, nos dízimos dos nossos tesouros, mas a fidelidade que Ele espera vai muito além do que se imagina.
        Vejamos como os patriarcas do passado seguiam esses princípios de fidelidade. ”Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo. “(Gêneses 28:20-22). Observe que Jacó falou que daria os dízimos de tudo, não apenas dos bens. Isso envolvia bens, talentos, corpo e o tempo.
         “Jacó não estava ali a fazer um contrato com Deus. O Senhor já lhe havia prometido prosperidade, e este voto era o transbordar de um coração cheio de gratidão pela certeza do amor e misericórdia de Deus. Jacó entendia que Deus tinha direitos sobre ele, os quais ele devia reconhecer, e que os sinais especiais do favor divino a ele concedidos exigiam retribuição. Assim, toda a bênção que nos é concedida reclama uma resposta ao autor de todas as nossas vantagens.” (Ellen White, Patriarcas e Profetas pág. 156).
          O patriarca prometeu dar os dízimos de tudo, isso não significava apenas da prata ou do ouro, mas de tudo literalmente. Do trigo, das vacas, do jumento, dos talentos, do tempo, do corpo. Esse é o princípio que deve ser respeitado em nossa parceria com Deus. “Também todas as dízimas (10%) da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR. No tocante às dízimas do gado e do rebanho, de tudo o que passar debaixo do bordão do pastor, o dízimo será santo ao SENHOR.” (Levítico 27:30,32).
         Algumas pessoas chegam a pensar que os princípios dos dízimos não são mais vigentes porque os dízimos dados no passado eram do gado, cereais, frutos etc.., objetos que não são mais usados hoje.
É bom saber que essa forma de pensar está equivocada, pois naquela época se dava também ofertas e elas eram dadas do gado, cereais assim como os dízimos. Se por causa da maneira de dizimar do passado não se deve dizimar hoje, então não se deveria ofertar também.
         É bom entender que na época que não existia moeda corrente, a prata, o ouro, a vaca etc.., eram usados como se fosse moeda corrente. Deles se devolvia os dízimos.             Quando Abraão voltou de uma guerra que trouxe despojo, devolveu os dízimos a Melquisedeque rei de Salém. Do que ele deu os dízimos, será que foi só das vacas ou foi de tudo, como faria Jacó no futuro? Claro que foi de tudo. “E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.” (Gêneses 14:20).
        O grande problema da maioria das pessoas de hoje é associar dízimos a dinheiro. Na verdade ele (dízimo) deve estar relacionado a tudo o que Deus dá, inclusive o tempo e os talentos (habilidades).
         Quanto ao nosso corpo, como podemos ser fieis administradores de dele? Com certeza que cuidando bem dele evitando tudo o que possa prejudicá-lo, e dedicar ele no serviço de Deus. “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.” “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” (I Coríntios 3:16,17; 10:31).
         É importante saber que nem Jesus e nem os apóstolos foram contra os dízimos, ao contrário, eles mesmos aprovaram. ”Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas (dar os dízimos), sem omitir aquelas!” (São Mateus 23:23).
         O que falou o apóstolo Paulo inspirado por Deus com respeito ao ministério? ”Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho;..” (I Coríntios 9:13,14).
           Em todos os períodos da história da igreja de Deus, os seus ministros foram sustentados pelos recursos que vinham da casa de Deus. A prova disso está quando Israel entrou em Canaã, todas as tribos receberam terras como herança, mas a tribo de Levi não, pois Deus era a sua herança.(Josué 13:14). Eles não precisavam fazer outras coisas para sobreviverem, pois eles comiam do mantimento que havia na casa de Deus. Esse mantimento eram os dízimos e ofertas. Diz a palavra de Deus: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa...” (Malaquias 3:10).
         “O dinheiro é de grande valor, porque pode realizar grande bem. Nas mãos dos filhos de Deus é alimento para o faminto, água para o sedento, vestido para o nu. É proteção para o opresso, e meio para socorrer o enfermo. Mas o dinheiro não é de mais valor que a areia, a não ser que o empreguemos para prover as necessidades da vida, para bênção de outros, e para o desenvolvimento da obra de Cristo. Riqueza acumulada não é somente inútil, como uma maldição. Nesta vida é uma armadilha para a pessoa, por desviar as afeições do tesouro celeste.” (Ellen White, Parábolas de Jesus pág. 225).
          Fidelidade a Deus é mais que devolução dos dízimos, envolve a boa administração dos tesouros que estão em nossas mãos. Usar de forma proveitosa ou seja: que satisfaça. ”Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.” (Isaias 55:2; Ageu 1:6).
          Todavia existe outra questão que deve ser considerada: muitas pessoas fazem parcerias com o Dono de tudo, são abençoadas em função disso, mas usam mal as bênçãos. Por causa disso transformam as bênçãos em maldição, pois fizeram uma boa parceria, mas eles foram maus parceiros. Como poderiam ser prósperos dessa forma?
Para todos os que possuem luz sobre este assunto, a fidelidade é coisa muito séria. Aos fieis Deus promete abençoá-los (Malaquias 3:10,11), mas aos infiéis promete destruí-los (Malaquias 3:10; I Coríntios 6:10).
Quanto é o dízimo? A palavra dízimo significa 10%. De tudo o que você ganhar, 10% deve ser separado para Deus. Saiba que Deus não precisa desse dinheiro, pois Ele é o dono de tudo, mas você precisa ser dependente de Deus. O dízimo de tudo é uma questão de fé.
Outra razão para devolvermos os dízimos, é para proteger-nos do egoísmo.
        Se você tem alguma dúvida, faça uma experiência com Deus. Ele diz: “provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. ”(Malaquias 3: 10). É assim que se faz uma parceria justa com Deus. Mas procure ser também um bom parceiro.



Referências

SCOTT, Steven. Salomão, o homem mais rico que já existiu. Sextante, Rio de Janeiro, RJ, 2008.
WHITE, Ellen. Patriarcas e Profetas. CPB, Tatuí, SP 2008.



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