quarta-feira, 8 de julho de 2015

Fazendo a vontade de Deus


         Como seria o mundo se não houvesse leis internacionais? Como seria o Brasil se não houvesse leis federais, estaduais e municipais? Como seria o trânsito se cada veículo pudesse andar como bem quisesse sem se importar com nada? Como seria o universo se não houvesse leis que regessem o curso de cada astro, constelações e galáxias? Como seria o povo de Deus se não tivesse uma lei que pudesse regê-los? Será que a igreja de Deus precisa de uma lei, ou ela pode viver como bem entende?
São de Jesus as palavras: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (São Mateus 7:21). Ele foi bastante claro ao afirmar que somente os que fazem a vontade de Deus entrarão em seu reino. Mas qual é a vontade de Deus? Afirma o apóstolo João: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos,..” (I São João 5:3). Portanto, a vontade de Deus é que guardemos os seus mandamentos.
         Todavia, deve-se entender que a obediência a Deus ou aos seus mandamentos não é os responsáveis pela nossa salvação em hipótese alguma. Diz o apóstolo Paulo: “.. visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.” (Romanos 3:20). A lei de Deus ou qualquer outra lei mostrada na Bíblia não foram dadas para se obter a salvação, mas para mostrar o pecado. (Romanos 3:20). Se fosse necessário obedecer a Deus ou a sua lei, não precisaria Jesus ter vindo morrer pela humanidade, bastaria o homem obedecer a Deus e estaria resolvido. Bem porque se a salvação fosse dessa maneira, ela não seria um dom e o homem teria do que se gloriar. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8, 9).
Se a lei só nos mostra o pecado, quem nos purifica dele? Só o sangue de Jesus tem esse poder. “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. ” (I São João 1:7).
Mas como já vimos, a obediência a Deus ou a sua Santa lei não nos salva, pois ela (salvação) é um dom, todavia a obediência tem grande relação com a salvação. Disse Jesus: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” (São João 14:15,21). Todos os salvos por Jesus terão o espírito de amor e gratidão. E a maneira de demonstrarmos esse amor é guardando aos seus mandamentos.
Todavia os seres humanos enfrentam um problema no que diz respeito à lei de Deus. Tudo porque a lei de Deus é espiritual e nós somos carnais. Diz o apóstolo Paulo: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.” (Romanos 7: 14).
E como poderia um homem carnal guardar essa lei que é espiritual? Humanamente isso é impossível. A não ser que aconteça um milagre, Deus através do seu Espírito nos conceda uma natureza espiritual. É exatamente esse milagre que o salvador quer operar em cada um de nós. Pois do contrário, não teríamos como manifestar o nosso amor a Deus.
Se a lei é espiritual e eu sou carnal, o único meio de guardarmos esta lei e agradarmos a Deus é sendo transformados de homens carnais em homens espirituais.
No momento em que aceitamos a morte de Cristo em nosso lugar, passamos a desfrutar o dom da salvação, e seu Santo Espírito nos concede uma nova natureza, uma natureza espiritual que nos capacita a guardar a sua lei espiritual. E dentro de nós passa fruir um espírito de gratidão pela redenção concedida por Cristo em sua morte. 
Mesmo que a obediência a Deus e sua lei não nos salve, ela está relacionada à salvação, pois ela é fruto de nossa redenção. Todos os salvos em Cristo terão o espírito de gratidão pela salvação gratuita concedida. E as palavras deles serão: Senhor! O que queres que eu faça? E Deus através de sua palavra dirá: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos” (Mateus 19:17).
Só entrarão no reino de Deus os guardadores da lei, mas não será a observância dela a responsável pela salvação. A obediência a Deus através do cumprimento de sua lei deve ser apenas conseqüência do amor ao Deus que o salvou. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (São João 3:16).
Não devemos esquecer que a lei deve ser usada corretamente. Disse o apóstolo Paulo: “Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo,..” (I Timóteo 1:8). Guardar a lei com o objetivo de ser justificado ou salvo por ela é usá-la de forma incorreta. Esse tipo de obediência jamais resultará em salvação.
         A lei de Deus se resume em amor. Amor a Deus e ao próximo. “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (São Mateus 22:36-40). Assim como a morte de Cristo pela raça humana foi uma ação de amor, guardar a lei divina também deve ser um ao de amor.
Portanto, se quisermos fazer a vontade de Deus, devemos guardar os seus mandamentos.
Todavia deve-se entender que somos salvos pelo sacrifício de Jesus, mas seremos julgados pela lei criada por Ele. São do apóstolo Tiago as palavras: “Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade.” (São Tiago 2:12).
Há porém uma indagação na mente da maioria das pessoas: qual lei se deve guardar para fazer a vontade de Deus? Quais os mandamentos que ainda estão em vigor em pleno século XXI?
Você precisa estudar a próxima lição para tirar estas dúvidas.
 Até lá.






































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