Como
seria o mundo se não houvesse leis internacionais? Como seria o Brasil se não
houvesse leis federais, estaduais e municipais? Como seria o trânsito se cada
veículo pudesse andar como bem quisesse sem se importar com nada? Como seria o
universo se não houvesse leis que regessem o curso de cada astro, constelações
e galáxias? Como seria o povo de Deus se não tivesse uma lei que pudesse
regê-los? Será que a igreja de Deus precisa de uma lei, ou ela pode viver como
bem entende?
São de Jesus as palavras:
“Nem todo o que me diz: Senhor,
Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele
que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (São Mateus 7:21). Ele foi bastante
claro ao afirmar que somente os que fazem a vontade de Deus entrarão em seu
reino. Mas qual é a vontade de Deus? Afirma o apóstolo João: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os
seus mandamentos não são penosos,..” (I São João 5:3). Portanto, a vontade de Deus é que
guardemos os seus mandamentos.
Todavia, deve-se entender que a
obediência a Deus ou aos seus mandamentos não é os responsáveis pela nossa
salvação em hipótese alguma. Diz o apóstolo Paulo: “.. visto que ninguém será justificado diante dele por
obras da lei, em razão de que pela lei
vem o pleno conhecimento do pecado.” (Romanos 3:20). A lei de Deus ou qualquer outra lei
mostrada na Bíblia não foram dadas para se obter a salvação, mas para mostrar o
pecado. (Romanos 3:20). Se fosse necessário obedecer a Deus ou a sua lei, não
precisaria Jesus ter vindo morrer pela humanidade, bastaria o homem obedecer a
Deus e estaria resolvido. Bem porque se a salvação fosse dessa maneira, ela não
seria um dom e o homem teria do que se gloriar. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é
dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8, 9).
Se a lei só nos mostra o pecado, quem nos purifica dele?
Só o sangue de Jesus tem esse poder. “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns
com os outros, e o sangue de Jesus, seu
Filho, nos purifica de todo pecado. ” (I São João 1:7).
Mas como já vimos, a obediência a Deus ou a sua Santa
lei não nos salva, pois ela (salvação) é um dom, todavia a obediência tem
grande relação com a salvação. Disse Jesus: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos. Aquele que tem os meus
mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado
por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” (São João 14:15,21). Todos os
salvos por Jesus terão o espírito de amor e gratidão. E a maneira de
demonstrarmos esse amor é guardando aos seus mandamentos.
Todavia os seres humanos enfrentam um problema no que
diz respeito à lei de Deus. Tudo porque a lei de Deus é espiritual e nós somos
carnais. Diz o apóstolo Paulo: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal,
vendido à escravidão do pecado.” (Romanos 7: 14).
E como poderia um homem carnal guardar essa lei que é
espiritual? Humanamente isso é impossível. A não ser que aconteça um milagre,
Deus através do seu Espírito nos conceda uma natureza espiritual. É exatamente
esse milagre que o salvador quer operar em cada um de nós. Pois do contrário,
não teríamos como manifestar o nosso amor a Deus.
Se a lei é espiritual e
eu sou carnal, o único meio de guardarmos esta lei e agradarmos a Deus é sendo transformados
de homens carnais em homens espirituais.
No momento em que aceitamos a morte de Cristo em nosso
lugar, passamos a desfrutar o dom da salvação, e seu Santo Espírito nos concede
uma nova natureza, uma natureza espiritual que nos capacita a guardar a sua lei
espiritual. E dentro de nós passa fruir um espírito de gratidão pela redenção
concedida por Cristo em sua morte.
Mesmo que a obediência a Deus e sua lei não nos salve,
ela está relacionada à salvação, pois ela é fruto de nossa redenção. Todos os
salvos em Cristo terão o espírito de gratidão pela salvação gratuita concedida.
E as palavras deles serão: Senhor! O que queres que eu faça? E Deus através de
sua palavra dirá: “Se
queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos”
(Mateus 19:17).
Só
entrarão no reino de Deus os guardadores da lei, mas não será a observância
dela a responsável pela salvação. A obediência a Deus através do cumprimento de
sua lei deve ser apenas conseqüência do amor ao Deus que o salvou. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna” (São João 3:16).
Não devemos esquecer que
a lei deve ser usada corretamente. Disse o apóstolo Paulo: “Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se
utiliza de modo legítimo,..” (I Timóteo 1:8). Guardar a lei com o objetivo de ser justificado ou
salvo por ela é usá-la de forma incorreta. Esse tipo de obediência jamais
resultará em salvação.
A lei de Deus se resume em amor. Amor a
Deus e ao próximo. “Respondeu-lhe
Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e
de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois
mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (São Mateus 22:36-40). Assim como a morte de Cristo
pela raça humana foi uma ação de amor, guardar a lei divina também deve ser um
ao de amor.
Portanto, se quisermos fazer a vontade de Deus,
devemos guardar os seus mandamentos.
Todavia deve-se entender que somos salvos pelo
sacrifício de Jesus, mas seremos julgados pela lei criada por Ele. São do
apóstolo Tiago as palavras: “Falai
de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados
pela lei da liberdade.”
(São Tiago 2:12).
Há porém uma indagação na mente da maioria das
pessoas: qual lei se deve guardar para fazer a vontade de Deus? Quais os
mandamentos que ainda estão em vigor em pleno século XXI?
Você precisa estudar a próxima lição para tirar estas
dúvidas.
Até lá.
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